A impotência que o mundo enfrenta com o coronavírus fez todos os países, líderes e cada pessoa que vivenciou a procurar ajuda. Esta necessidade despertou a humildade em todos que perceberam o quanto suas verdades não são absolutas e mudam à mercê do que a natureza impõe.
O que os pensadores imaginaram do modelo exponencial se aplicou de uma vez com o fenômeno. Tudo mudou, as contagens se impuseram em progressão geométrica. E nada ainda impediu a evolução.
As práticas são testadas e aprendidas a cada dia. A cada hora, na verdade. E, na verdade, as verdades são efêmeras. Agora vale, já já não.
As recomendações são questionadas até os números provarem que são necessárias. Se é que conseguem. O medo é a única maneira de convocar.
O que o novo mundo mostra?
O novo mundo requer uma nova postura. Quem quer lidar com as dificuldades com que o novo mundo nos faz confrontar tem que usar armas muito distintas do que usavam no velho mundo.
Tenho falado do modelo que vai reger a era exponencial, numa visão simples e não pretensiosa de como agir em tempos de mudança extrema. E acho que ele vale para avaliar e propor nesse momento que estamos vivendo.
Os recursos são ilimitados. Vêm de perto, com cientistas nacionais pesquisando com seus parcos recursos ou do mundo inteiro integrado e trocando informações de maneira absolutamente abundante, reduzindo os tempos de construir soluções definitivamente.
Os novos tempos fazem a tomada de decisão ser muito importantes. Imaginem nosso país vinculado hierarquicamente ao governo federal fazendo o que nosso líder máximo recomenda hierarquicamente. Deus salve a autonomia que os governadores tiveram para construir um ambiente muito mais protegido para todos.
Tudo estava caminhando em cooperação até se revelarem os planos protecionistas que os EUA passaram a praticar para garantir seus equipamentos. Competição nesses tempos clama pirataria.
Por outro lado, não se consegue impor controle se não houver a confiança de que o que está sendo pedido seja razoável para ser cumprido. Confiança sim, gera adesão.
Se repetirmos o que vimos fazendo não conseguiremos solucionar os novos problemas, inovação é a única maneira de vencer um novo inimigo.
Claro, propriedade não é assunto para um mal que afeta tantas classes sociais, acesso e distribuição passa a ser vital, literalmente. Apesar do início de tudo ter sido nas classes mais altas.
Não há tempo para pesquisas profundas, teste é a única maneira de se estar à frente do mal que nos afeta.
Por último, na situação de gravidade a que certos pacientes são colocados, não dá tempo de duvidar, apostar em soluções arriscadas é a última forma de demonstrar compaixão e tentar salvar vidas frágeis em momentos tão críticos.
Ainda não se criou a bolha que nos protege desse vírus. Mas através de atitudes inspiradoras muitas pessoas, instituições e países podem construir um mundo que conviva melhor durante tempos de tantas incertezas, dificuldades e, principalmente impotência. Nesta hora não há heróis isolados que possam resolver o problema. Nesta hora fica provado que a única energia que pode ajudar a humanidade é mais humanidade.