A RealReal anunciou na última semana que cortará despesas operacionais através de demissões e fechamento de lojas. A empresa vai na contramão em um momento em que o mercado de segunda mão ganha força nos Estados Unidos. A ação é um esforço em busca de lucros depois de um ano de perdas em que a varejista entrou na lista de falências da Retail Dive no ano passado.
As mudanças trazidas pelo novo executivo-chefe da RealReal, John Koryl, custarão entre US$ 1,7 milhão e US$ 2,2 milhões, principalmente em indenizações, benefícios de funcionários e despesas relacionadas. Estima-se que a empresa de revenda de roupas corte cerca de 230 funcionários, ou 7% de sua força de trabalho.
Além disso, a RealReal fechará duas lojas emblemáticas em San Francisco e Chicago e duas lojas de bairro no Texas. Os esforços também alcançarão dois escritórios de consignação em Miami e Washington, DC, assim como o escritório em São Francisco e de Nova York.
O mercado de segunda mão vem ganhando cada vez mais atenção dos consumidores e dos varejistas. O tema dominou a recente conferência de varejo da National Retail Federation. De acordo com a GlobalData e a ThredUp, o mercado nos Estados Unidos pode mais que dobrar até 2026, atingindo US$ 82 bilhões. Igualmente, a WD Partners descobriu que os consumidores estão ansiosos para encontrar produtos usados na maioria das categorias.
Contudo, o mercado de segunda mão possui uma logística única de revenda. Ao contrário da maioria do varejo, o fornecimento de bens de segunda mão é mais difícil e complexo do que vendê-los. Ao mesmo tempo, a WD Partners afirma que este é um mercado mais lucrativo no físico do que online.
Sob o mesmo ponto de vista, a RealReal que atua principalmente online, não descarta uma redução ainda maior em sua área física de armazenamento. Assim, “continuará a avaliar sua presença imobiliária conforme julgar apropriado para criar eficiências e abordar tendências no mercado e fatores macroeconômicos”, conforme anúncio.
Fonte: Retail Dive