AI ajuda na combinação de looks e brechós podem ser o futuro

A quarentena fez com que muitos clientes optassem pelas compras online ao invés de presencialmente, isso não foi diferente no mercado de moda. Pensando nisso, Rafaella Gimenes estruturou a ideia da HI-LO, uma startup de moda focada no público feminino. A HI-LO oferece dois serviços: a consultoria de imagem e o clube de assinaturas.

Ambos os serviços caminham juntos. A consultoria de moda acontece a partir do momento em que a Cliente faz um cadastro na plataforma e envia fotos de peças do seu guarda-roupa. Um sistema de inteligência artificial, ou se preferir um robô, faz a combinação de cada peça do guarda-roupa da Cliente com as opções disponíveis no site. Ao participar do clube de assinatura, que no momento funciona em São Paulo, a cliente recebe semanalmente uma determinada quantidade de peças para “testar”. Após esse processo, a Cliente pode comprar as peças que desejar.

“O algoritmo consegue entender não somente respostas como cores e tecidos, mas também a intenção do uso daquela peça como uma ferramenta de comunicação não-verbal. Ou seja: se aquela peça transmite conceitos de autoridade, jovialidade, maturidade. Com as respostas, também conseguimos entender a zona de conforto estética de cada cliente e quais são os produtos que mais podem ajudá-lo em seus objetivos pessoais e profissionais”, explica Rafaella.

 

Brechós serão o futuro para consumidores conscientes?

Os clientes estão e continuarão cada dia mais preocupados com os impactos ambientais do que consomem. Segundo o estudo feito pela consultoria McKinsey & Company “State of Fashion” que aponta as tendências do setor de moda para o pós-pandemia, a previsão é de que cresça entre os consumidores “uma crescente antipatia com modelos de negócios que produzem resíduos e expectativas elevadas para ações sustentáveis”.

Nesse cenário, outro modelo de negócio que pode ganhar força é o dos brechós online. De acordo com a pesquisa realizada pela GlobalData e pela ThredUp, o mercado de brechós tem projeção de vendas de até US$ 51 bilhões nos próximos cinco anos nos EUA.

No Brasil, a compra de segunda mão ainda não é uma cultura, mas pode mudar. Para Luiz Arruda, diretor da WSGN, empresa de previsão de tendências de consumo e design “O Brasil está aderindo à cultura do “fim do muito”, é uma demanda clara dos consumidores, principalmente dos mais jovens. Esse movimento não é único e exclusivo dessa geração, mas tem muita aderência desse público e deve crescer”.

 

Fonte: Exame

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