A transformação dos heróis
Há 4 anos falávamos que a colaboração era a nova revolução, ela veio. Agora a colaboração é bradada em todas as rodas das tendências para o mundo. Sem ela parece que não há salvação. E não há!
E percebe-se que não basta trabalhar junto. É preciso, para virar realidade, evoluir na forma de se estabelecer relações com as diversas comunidades em que uma marca se sustenta.
Se uma marca traz todas as comunidades para jogar junto no seu time, ela cria a comunidade da marca. Imaginem o quão forte fica e o quanto ela pode retornar para todos de forma circular e sustentável. Elos virtuosos são estabelecidos onde há intenção e interesse genuíno de fazer o bem e bem. Só é sustentável se é bom para todo mundo.
A colaboração vira evolução! Evolução, tem origem no latim evolutio, que significa o desdobramento de alguma coisa (antigamente os pergaminhos) queremos que a colaboração saia dos papéis, dos contratos e se desdobre de fato criando transformações reais em cada um dos elos que unem as comunidades.
Fácil? Nem um pouco! Mas esse movimento de entender a interpendência para o crescimento cria exponencialmente diferenciais para os ambientes físicos, humanos e digitais como o mundo pede para dentro e fora da empresa. E simplificando com acrósticos lúdicos o ambiente fica ancorado em três princípios que fortalecem um movimento de aproximação que revoluciona as relações no mundo corporativo:
- QTCM – Quero Te Conhecer Melhor
- CPTA – Como Posso te Ajudar?
- TFJ – Topa Fazer Junto?
Na vida, se dizer é tão importante, ser ouvido então, nem se fala!
Sentir-se ouvido cria emoções e conexões que vão além do que está sendo dito.
Quando alguém para pra ouvir, se interessar, considerar cria-se uma avenida longa e larga de possibilidades para cada um da comunidade. É assim que a colaboração acontece com pequenos movimentos transformadores que vão transbordando para além das comunidades. Para o mundo.
Desta forma, seja em que posição estiver esses três princípios enraizados na cultura, vamos perder, um dia, a necessidade de termos heróis. Sejam eles líderes ou o pessoal que está na ponta entregando a marca. Ninguém estará mais sozinho tendo que se virar para salvar algo que não está sendo entregue como foi combinado. Se sentirá parte, ajudará a quem precisa, pertencerá, estará incluído, terá orgulho, prazer e bem-estar. Erros acontecem e tudo bem porque se não há espaço para erros também não há inovação. Em um ecossistema simbiótico de gente sempre haverá uma rede de apoio tão bem trançada que sustentará a todos que por ali estiverem para aprender, ensinar, trocar e prosperar. Acreditamos, investimos e contribuímos para este futuro!
A construção da grande comunidade
Quais são as comunidades que fazem parte do seu ecossistema?
Abaixo, abrimos uma caixinha para exemplificar:
Se identificamos cada comunidade deixamos de administrar um monte de gente para focarmos no que precisamos acordar com cada uma das comunidades que nos relacionamos. Feito isso passamos a ter cada vez mais chance de ter gente querendo fazer parte de um coletivo forte, ativado e nutrido que transformam o ambiente. Podemos ir de fora para dentro ou de dentro para fora. O foco do Cliente continua sendo sempre um ótimo direcionador para o início das conversas e tão importante quanto é ter seu time inspirado e com vontade de realizar, um fornecedor ou parceiro que honram as entregas e por aí vai. A simbiose é assim, todo mundo respirando do mesmo oxigênio.
Vamos oxigenando o movimento!
- Liderança – Precisa estar alinhada com os investidores, direcionada, disposta e disponível e confiante de que a colaboração é o caminho para a marca. Identificar e se aproximar do campo nas diversas regiões, times, parceiros, fornecedores e clientes que impactam no seu negócio e podem contribuir cada vez mais para a evolução da comunidade. Estar presente e disseminar a cultura emana o exemplo diário de rompimento de silos.
- Time interno – Um time não pode ser um baú de segredos, isolados e longe do campo. Quanto mais integrado intra e entre áreas, com a liderança, parceiros, fornecedores e clientes melhor serão suas relações, autonomia, produtividade e voluntariado. A voz do time fica cada vez mais respeitada, o ecossistema pulsa energia nesse ambiente onde a colaboração faz parte do jeito de fazer.
- Heróis da Ponta – Esse é o título que damos aos muitos milhões de pessoas que estão na ponta dos atendimentos na relação direta com Clientes. Infelizmente ainda precisamos de heróis que muitas vezes, em ambientes insalubres, seguram a reputação de grandes marcas. Alguns segmentos culpam a alta rotatividade, oferecem pouco e recebem muito menos. Não desperdice seus recursos se você não quiser ouvi-los, reconhecê-los e oferecer formação. Tenha certeza muitas vezes eles têm a chave do baú, podem contribuir com informações valiosas, soluções simples e muito eficazes. Uma saída rotineira a campo, uma boa conversa ou uma ligação de peito aberto pode rechear seus insights.
- Parceiros – Muitas vezes representam uma marca, vestidos dela, mas ainda são tratados como “terceiros” e não só por questões jurídicas mas pela cultura. Para que sejam integrantes da comunidade precisam estar incluídos e ter equidade na cultura para que possam ser representantes de fato.
- Fornecedores – Eles são a fonte do que processamos para construir sucesso. Quantos de nós já fomos salvos por eles? Identifique aqueles que são essenciais para o seu negócio, se aproxime para aprender, propor, automatizar, inovar. Um fornecedor que entende sua necessidade, muitas vezes te alerta para que você não tenha um retrabalho ou perda de investimento. Ganha você, o fornecedor, o Cliente e o mundo.
- Clientes – Não existe nada mais importante do que conhecer bem os nossos clientes e seus momentos, porque Cliente é diverso e pendular dependendo do momento que está vivendo. Os sistemas precisam ter essa capacidade de registro, reconhecimento e o time agir com muita competência e carinho, usando sempre as informações nas interações presenciais ou digitais.
O movimento que gera evolução!
Toda mudança começa com um comportamento individual exemplar, não importa quem ele seja, contagia o coletivo. E assim começa um movimento.
Os intra-influencers são os que além de incomodados e inconformados estão dispostos a fazer diferente, mais do que falar. Criam pequenos movimentos para mudar consciências, autodisciplinados, assumem responsabilidades, não precisam ser donos de nada e acreditam na força do coletivo. Eles são intergeracionais.
Para que estejamos cada vez mais ligados, todo ecossistema nobre precisa ser híbrido, diverso, inclusivo. E, para isso é preciso de uma grande dose de humanidade sempre.
A evolução é construída com respeito, flexibilidade, humildade e curiosidade para aprender sempre. Não basta estarmos perto é preciso que estejamos próximos. É urgente que aprendamos cada vez mais melhores formas de conviver, interagir, evoluir com os conflitos, ter prazer e oferecermos oportunidades para todos.
Nós da Ponto de Referência estamos aqui para te ajudar neste movimento.
2 Comentários
Achei a idéia sensacional!! Agrega muito e pode se tornar um multiplicador de demandas. É algo que vai de encontro aos meus valores. Eu estouro no negócio de Relevância.
Conte comigo
Olá Stenio, que legal que você gostou 😉
A ideia é essa mesma! A comunidade se fortalece e a multiplicação de demandas fica exponencial pq amplia para novas comunidades.
Conte com a gente também
abraço