Os idosos correspondem a quase 15% da população brasileira. Apesar das estatísticas de aumento da longevidade nos últimos tempos, eles ainda sofrem preconceito. O etarismo, preconceito etário, afeta diferentes gerações, sobretudo idosos. Um exemplo disso, são os questionamentos levantados quando uma pessoa vista como jovem demais ocupa um cargo de liderança.
O SXSW 2023, South by Southwest, repensou a forma como envelhecemos. Diferentes painéis dedicados a refletir sobre como encarar a longevidade, trouxeram nomes como Chip Conley, fundador e CEO da Academia Moderna para Idosos, Peter Kaides, Presidente e CEO da American Society On Aging e Melissa Mitchell, Diretora-executiva da Coalisão Global On Aging.
De acordo com Peter Kaides, inclusão significa também ajudar e dar oportunidades para os trabalhadores mais velhos. Assim, as empresas devem contemplar diversidade também na idade das pessoas que contratam. Há uma ideia preconceituosa de que os mais velhos não conseguem lidar com as gerações mais novas, com gays e adeptos de gêneros fluidos e, claro, enxergam uma falsa oposição entre jovens e velhos. Na opinião dos painelistas, essa é uma mentalidade antiquada e que continua presente em muitas empresas, mas exatamente por isso, deve ser combatida.
Cultura de marca
Em diversas situações a cultura de marca gera um conflito de gerações. Em contrapartida, uma cultura que estimule o diálogo, de tal modo que os mais velhos se sintam à vontade e sejam os primeiros a abraçarem a integração e o diálogo com os mais jovens favorecerá a empresa. Outras palavras-chave dessa cultura são educação, aceitação, generosidade, tolerância e empatia. Essas são as habilidades e sentimentos que devem ser exercitados entre as pessoas de todas as gerações.
Nesse sentido, empresas, governos, instituições e os jovens irão se beneficiar aceitando que a velhice chega e será predominante no mundo em que vivemos. Até 2050, a sociedade global terá mais pessoas consideradas “idosas” aos olhos de hoje do que pessoas “jovens”.
Fonte: Consumidor Moderno e CNN Brasil