Cresce a pressão sobre as grandes varejistas de moda para aumentar a transparência em suas cadeias de suprimentos. Investidores e reguladores cada vez mais exigentes buscam a divulgação detalhada de informações sobre os fornecedores de algumas varejistas. A Inditex, dona da Zara, está no centro desse debate, enfrentando a pressão para seguir o exemplo de seus concorrentes e divulgar uma lista completa de suas fábricas.
Ao contrário de marcas como Adidas, H&M, Hugo Boss, M&S, Nike, Primark e Puma, que já publicam listas detalhando não apenas os nomes, mas também os endereços de suas fábricas, a Inditex optou por divulgar apenas uma lista geral de fornecedores em 12 países principais.
Essa falta de transparência tem gerado críticas por parte de investidores, que argumentam que a divulgação detalhada é essencial para comprovar a ausência de trabalho escravo nas fábricas e garantir salários dignos para os trabalhadores.
Enquanto isso, o debate sobre regulamentações mais rígidas continua, especialmente na União Europeia, onde propostas podem exigir que empresas divulguem se seus fornecedores prejudicam o meio ambiente ou utilizam trabalho infantil. Com isso, multas substanciais estão sendo consideradas para empresas que não cumprirem essas normas, refletindo um movimento global em direção à maior responsabilidade corporativa.
Concluindo, apesar das crescentes demandas por mais transparência, a Inditex defende seu compromisso com altos padrões em sua cadeia de suprimentos, citando seu sistema de rastreabilidade como líder no setor. Um porta-voz da empresa destacou que esse sistema proporciona máxima visibilidade da cadeia de produção, apesar de não divulgar publicamente os detalhes específicos das fábricas.
Fonte: Fast Company