A pandemia impulsionou marcas verticais digitalmente nativas, entre elas a brasileira: Yuool, marca de calçados inspirada na neozelandesa Allbirds. O faturamento de lojas online cresceu 47% no primeiro semestre de 2020. Cerca de 7 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra online. Nesse sentido, as DNVBs, sigla em inglês para marcas verticais digitalmente nativas, ganharam destaque.
Físico e digital andando juntos
A Yuool, que iniciou em 2017 com venda exclusivamente online, atualmente conta com pontos temporários nos shoppings JK Iguatemi e Iguatemi São Paulo. A marca planeja triplicar seu faturamento em 2021 através da ampliação de seu portfólio e na estratégia de abertura de lojas. Contudo, o planejamento só é possível graças a um aporte de R$ 3 milhões.
A loja física é uma oportunidade de trabalhar os sentidos dos clientes, investir em experiência. Em outras palavras, provar os sapatos é um fator determinante para a compra no setor. De acordo com Eduardo Glitz, CEO da Yuool: “85% dos consumidores que experimentam nossos produtos realizam as compras. Por isso, acreditamos nesse misto entre o ambiente físico e o virtual”.
Design e posicionamento a favor da marca
Em sintonia com a Allbirds, os calçados Yuool utilizam a lã Merino, produzida a partir da lã de ovelhas criadas na América do Sul, fiada e tecida na Itália. As palmilhas são de viscoelástico, material usado na indústria aeroespacial, e o solado é feito de EVA, muito leve, flexível e confortável. Glitz afirma: “essa é a lã mais nobre do mundo. Ela se adequa a qualquer temperatura. É um calçado para ser usado em extremos, da Faria Lima a Wall Street”.
Assim, os calçados versáteis e discretos Yuool são os queridinhos dos faria limers, frequentadores da Faria Lima, avenida que sedia empresas do mercado financeiro e de tecnologia em São Paulo. O design minimalista, sem gênero e atemporal conquistou o público. Como resultado, a Yuool começou inclusive a criar modelos personalizados para empresas, com o objetivo de presentear funcionários, parceiros e clientes.
Fonte: Yuool, Infomoney e Olhar no Varejo