Um mundo novo no palco principal do evento.
As expectativas a respeito do Web Summit são sempre as próximas tendências de tecnologia. O que vem de mais moderno na web, aplicativos, start ups e na hipótese menos tecnológica, no mundo dos negócios.
Começa o evento. São dezenas de milhares de pessoas, entre 40 e 50 mil esse ano.
Além do palco central, mais 40 trilhas de aprendizado em mais de 40 salas.
E então vem o conteúdo.
Tecnologia? Sim. Claro. Absurdo seria não se falar de criptomoedas, blockchain, nft e metaverso.
No meio dessa história, a denunciante do Facebook foi das primeiras a falar para abrir o tema insegurança do Facebook. Depois, dois executivos da empresa vieram à cena tentar diminuir o impacto da acusação. E a Apple aproveitou para falar de quando seus processos são seguros.
Mas o que mais impressiona é como se fala de humanidade o tempo todo lá.
Desde empresas que querem mudar o clima do mundo fazendo carne baseada em vegetais – desde o fundador da Impossible Food até gente que cuida dos seus semelhantes como o pessoal do Black Lives Matter.
Até o presidente da Microsoft veio falar de como é importante se pensar no clima dessa terra que tanto evolui de um lado e empaca de outro.
Todos sabem que o problema a ser atacado no pós-pandemia será o clima. Se os problemas climáticos fossem atacados com a voracidade que se atacam as oportunidades tecnológicas o mundo já estaria muito melhor. Os gases prejudiciais à atmosfera já não existiriam. Ou sim, mas em volume muito menor. Todos sabem, poucos agem.
Cuidar do mundo começa com cuidar do que está do nosso lado. Visível, aparente. O Web Summit dedica, há muitos anos, uma grande parte do tempo do palco principal para essas causas.
A volúpia pelo que acontece lá em tecnologia navega mares e é implantado.
Falta descobrir o que vai causar mais impacto: como transformar os lindos discursos de quem já está cuidando do mundo em ações integradas que permeiem em tudo que acontece entre uma COP e a próxima. Sem depender dos governantes que comprovadamente são incapazes de fazer o que tem que ser feito por iniciativa própria.
O esforço coletivo para realizar o evento e juntar tanta gente deveria ambicionar a conquista desses novos ganhos.
A Terra agradece. Os habitantes dela mais ainda. E os que conseguirem fazer a transformação vão se tornar os novos heróis desse velho e – precisando de muita ajuda – mundo.